Já está em Portugal o secretário de Turismo, Cultura e Meio Ambiente de Chapada dos Guimarães, Alexandre Barão, que vivenciou um terremoto 6,8 de magnitude na madrugada de sábado (9), no Marrocos.
“O susto foi absurdo! Mas o fato de sair ileso desse momento, no qual mais de duas mil pessoas morreram, me enche o coração de gratidão a Deus por me deixar continuar a seguir meu caminho. Deus foi maravilhoso comigo. O livramento foi grande”, disse, emocionado, ao Alô Chapada.
Ele estava em Marrakesh, juntamente com equipe técnica do Geoparque de Chapada dos Guimarães, para acompanhar uma conferência da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Chapada passa por avaliação sobre o geoparque no município, que pode se tornar o 6º geoparque do Brasil.
"Estávamos terminando o jantar no hotel na região central, quando a gente percebeu o chão a tremer muito forte e os lustres balançaram, talheres caíram e todo mundo correu para fora. Saímos para a rua e estavam todos evacuando correndo para a rua. Foi tomando conta aquele momento difícil, todo mundo saindo dos prédios", afirmou.
Ele ainda disse que ficaram sem internet por um tempo e, também, impedidos de voltarem ao hotel.
Flávia Santos, geóloga da Universidade Federal de Mato Grosso, e membro do comitê do Geoparque, acompanhou a comitiva no evento da Unesco e saiu do Marrocos por Paris, França; Todos os participantes aguentam a liberação de voos para retornar ao Brasil.
TERREMOTO
O número de mortos no forte terremoto que atingiu o Marrocos na semana passada subiu para 2.681, segundo um novo balanço do Ministério do Interior divulgado nesta segunda-feira (11).
O tremor, um dos mais destrutivos no mundo nos últimos anos, atingiu os arredores de Marraquexe na noite de sexta-feira (8) com uma magnitude de 6,8, segundo os serviços geológicos norte-americanos, e de 7, segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica.
O tremor foi o mais poderoso desde que começaram os registros modernos no país e atingiu uma região muito habitada. Outras cerca de 2.476 pessoas ficaram feridas, ainda de acordo com o ministério marroquino, e há também centenas de desaparecidos.